sábado, 8 de fevereiro de 2025

Sistemas de Casas

 

Os Sistemas de Domificação ou Divisão de Casas

A palavra domificação vem do grego domos, que significa "casa". Os Sistemas de Domificação ou Divisão de Casas têm como objetivo representar, em um mapa bidimensional, a posição dos planetas e signos conforme são vistos, sentidos e sintonizados em relação ao local do evento (nascimento ou acontecimento específico). O posicionamento dos planetas em relação ao Leste do nascimento adquire um significado especial na vida da pessoa.

Os planetas nos signos não mudam significativamente ao longo de um único dia. Isso significa que todas as pessoas nascidas no mesmo dia, em qualquer parte do planeta, compartilham posições planetárias semelhantes. A única exceção é a Lua, que avança cerca de 12 graus por dia, podendo alterar sua posição entre duas pessoas nascidas com mais de duas horas de diferença. Já o Sol, Mercúrio, Vênus e Marte movem-se menos de um grau por dia, e os planetas de Júpiter em diante avançam apenas alguns minutos.

Por outro lado, a posição dos planetas nas casas astrológicas é única para cada indivíduo, pois depende do horário e local exato do nascimento. Assim, o Ascendente e as demais casas astrológicas revelam a maneira como os planetas nos signos se expressam nos diferentes setores da vida. Uma mesma posição planetária para todos os nascidos em um determinado dia pode estar em casas diferentes, dependendo da cidade onde a pessoa nasceu.

Os astrólogos da antiguidade já compreendiam essa dinâmica e levavam em conta a direção celestial dos planetas ao interpretar o céu. Para eles, era fundamental observar se os astros estavam ascendendo no Oriente, culminando no Meio do Céu, se pondo no Ocidente ou situando-se no Fundo do Céu.

A Evolução dos Sistemas de Casas

O primeiro sistema de casas conhecido foi formulado por Ptolomeu no século II d.C. e é chamado de Casas Iguais. Desde então, mais de 200 sistemas foram desenvolvidos.

Aqui, exploraremos os principais modelos de sistemas de casas criados nos últimos mil anos, permitindo que os estudantes de astrologia conheçam as opções disponíveis para suas pesquisas. Se você conhece outro modelo ou tem ideias diferentes, sinta-se à vontade para compartilhar.

Ao descrever cada modelo, levaremos em conta dois critérios principais:

1. Coerência Astronômica

O sistema deve basear-se na descrição astronômica do Sistema Solar visto da Terra, utilizando a linguagem da Geometria Esférica. Seu propósito é criar uma representação bidimensional do céu que reflita a relação espacial e temporal entre o evento (nascimento ou acontecimento) e o céu do momento.

A proposta de divisão das casas deve deixar claro:

  • O que o sistema privilegia e quais critérios fundamentam sua estrutura.
  • Como considera o espaço local, determinado pelo plano do horizonte, pelo Meridiano local (linha que passa pelo Zênite e os polos) e pelo Círculo Vertical Primário (um círculo que passa pelo Zênite e Nadir, perpendicular ao Meridiano do lugar). Esses elementos definem a posição espacial do observador em relação ao céu.

Alguns astrólogos defendem que os modelos devem ser Sistemas de Casas Quadrantes, ou seja, que o Ascendente e o Meio do Céu local sejam, respectivamente, as cúspides da Casa 1 e da Casa 10. Os diferentes modelos variam na forma como calculam as cúspides das demais casas (Casas 12, 11, 9, 8, etc.), mas há consenso de que as casas opostas devem estar a 180° uma da outra, ou seja, no mesmo grau, mas em signos opostos.

2. Coerência Astrológica

A escolha de um sistema de casas deve demonstrar precisão em técnicas preditivas como direções primárias, trânsitos e progressões planetárias. Além disso, deve permitir uma interpretação eficaz das posições planetárias dentro das casas.

Para muitos astrólogos, a prova definitiva de um sistema de casas é sua capacidade de fornecer previsões precisas através das Direções Primárias.

Softwares de Astrologia

Hoje, programas de astrologia automatizam a construção dos mapas natais e tabelas astrológicas. Para gerar um mapa, basta inserir:

  • Data de nascimento (dia, mês, ano e hora)
  • Cidade de nascimento
  • Zodíaco desejado
  • Sistema de Casas a ser utilizado

No entanto, muitas pessoas não selecionam o sistema de casas ao utilizar esses programas, aceitando o padrão predefinido. Como veremos a seguir, as diferenças entre os sistemas de casas podem influenciar significativamente a interpretação do mapa.

As casas astrológicas

A eclíptica (círculo máximo) corta em dois pontos ao círculo máximo do horizonte onde se encontre o observador. Estes pontos se chamam “pontos eclípticos” que são fixos para um determinado observador.

A eclíptica é divida em 12 signos a partir do ponto vernal que é o momento em que o Sol se encontra no equinócio de primavera para o hemisfério norte (os equinócios são a intercepção entre os dois círculos máximos: eclíptica e equador celeste).

A todo o momento o observador verá subir a eclíptica no seu horizonte leste a uma velocidade de 4 minutos um grau, de tal maneira que em duas horas passa um signo completo.

Por outro lado, observe que cada ponto do zodíaco (cada grau de signo) descreverá um círculo paralelo ao equador celeste diferenciado percorrendo seu arco diurno e diurno com as culminações superior e inferior correspondentes.

O propósito do Sistema de Casas é personalizar o céu de nascimento ou do evento desde o lugar do acontecimento. E para isto temos que encontrar um jeito de projetarmos os planetas e pontos especiais num círculo fundamental, podemos escolher o plano da eclíptica, o plano do horizonte ou o plano do Primeiro Vertical.

Existem entorno de 200 métodos de Sistemas de casa, alguns mais famosos que outros o que não quer dizer que sejam os melhores. A diferença é conhecer em que se fundamenta cada método para escolher ele sabendo o que desejamos potencializar.

Ascendente – Descendente

A intercepção da eclíptica com o círculo do  horizonte determinam os chamados pontos Ascendente (nascente) e Descendente (ocaso) da eclíptica (do Sol) para o observado local. Observe que para cada momento se terá um grau zodiacal ascendendo. É por isto que este ponto se chama Ascendente num mapa natal, que é um momento determinado do céu.

Observe também que o Ascendente não necessariamente coincide com o Leste do local. Observe também que o Ascendente da eclíptica não é o mesmo ponto que o ponto por onde o Sol é visto nascer no Horizonte local no dia do evento ou nascimento.

Meio do Céu – MC e Fundo do Céu – IC

A intercepção do Meridiano Local superior com a eclíptica é o chamado “Meio do Céu” – MC

A intercepção do Meridiano local inferior com a eclíptica é o chamado “Fundo do Céu” ou “Imum cceli” – IC.

Observe que o MC não coincide com o Nadir (vertical) do lugar, nem com o “Eixo do mundo” (PNC-PSC).

Os quadrantes de arco na eclíptica

ecliptica dividaDesde a perspectiva do observador o plano meridiano é perpendicular ao plano do horizonte. Observando que a eclíptica nasce no lado leste, chega a sua máxima altura no Meridiano superior, se põe no oeste, chega a sua máxima descida no Meridiano inferior e volta a nascer.

Uma maneira simples de determinar um sistema de casa é dividir a eclíptica em quatro partes, em quatro semiarcos iguais determinados pela cruz axial (perpendicularidade) que se forma no cruzamento dos dois planos o horizontal e o meridiano.

Se dividirmos cada um destes semiarcos eclípticos em 3 partes iguais teremos as cúspides das 12 casas. Este é um dos métodos para determinar as cúspides das casas.

O que dá o toque de originalidade, individualidade, diferença ao mapa natal?

Nos desdobramentos  na pessoa dos ciclos do Sol, da Lua, dos Planetas, e das Direções é regra que enquanto mais curto seja (transito zodiacal mais rápido) seu efeito é mais individualizado, pessoal. Quer dizer, por exemplo, Plutão se mantém entorno de um ano no mesmo grau, assim todas as pessoas nascidas neste período terão Plutão no mesmo grau, e assim o mesmo modo de ser plutoniano. Já o ciclo da Lua completo é de 28 dias, e a Lua muda de signos a cada dois dias, quer dizer que pessoas nascidas com uma diferença de três dias terão a Lua em diferentes signos, e assim características lunares diferentes.

O que mais rápido se movimenta no zodíaco é o Ascendente e junto a ele as cúspides das casas. Por isto os desdobramentos do movimento de Rotação da Terra em seu eixo que se expressa no jeito em que os planetas se manifestam na pessoa são os mais significativos na construção da individualidade da pessoa.

A prática da Interpretação mostra que ainda que por exemplo o Sol se mantenha num mesmo grau durante um dia a sua força se manifestará diferente em dependência da hora, que determina sua posição em relação ao Leste.

Isto mostrou aos astrólogos que era necessário desenvolver um método matemático que permitisse localizar os planetas tanto na sua posição nos signos como na sua posição em relação ao ponto Leste (o ascendente) de onde a pessoa nasceu ou teve um evento.

Os pontos norte e  leste e o local onde a pessoa ou o evento acontece define o plano do horizonte. o círculo Meridiano  do lugar (passa pelo PNC e o Zênite) determina o eixo norte- sul do lugar. O círculo máximo, primeira vertical que é perpendicular ao Meridiano do Lugar determina as direções Leste-Nadir-oeste.

O roteiro de elaboração dos Sistemas de Casas acima da eclíptica segue dois passos fundamentais:

  1. Escolher um dos círculos em que queremos desenhar o mapa e o dividir em doze partes iguais:
    1. equador celeste
    2. Primeira vertical
  2. Projetar estes pontos, que seriam as cúspides das casas e os projetar na eclíptica que é onde se encontram os signos e os planetas

Os Sistemas podem se dividir tanto pela escolha do círculo de referência para o mapa, como no jeito de projetar as cúspides na eclíptica. Pode se usar também como plano de projeção do mapa o plano do horizonte (mapa local) ou o plano do equador.

Casas interiores dos quadrantes

As diferenças se apresentam nos métodos que se usam para o cálculo das cúspides das Casas interiores dos quadrantes: Casa 2, Casa 3, Casa 5, Casa 6, Casa 8, Casa 9 e Casa 11 e Casa 12.

As cúspides definidas como as 12 partes iguais em um determinado círculo de referência tipo o círculo vertical principal, ou o circulo do equador celeste, determina círculos que nascem nas cúspides e rodeiam a abóbada celeste e cruzam a eclíptica em pontos determinados que determinam a longitude da cúspide nos signos. Assim a Cúspide de uma Casa é determinada pela interseção do círculo máximo que atravessa o ponto da cúspide e o plano da eclíptica.

Seria tudo muito simples se o plano da eclíptica coincidisse com o plano do equador celeste como acontece com o levantamentos do mapa para pessoas que nasceram perto do equador terrestre. A eclíptica faz um ângulo de 23 graus com o equador celeste. e assim se nós queremos elaborar o desenho do céu como visto num determinado lugar, vamos ter que projetar as cúspides da casas na eclíptica e neste ação as casas vão ganhar cumprimentos diferentes a 30 graus.

Os métodos matemáticos do cálculo do SISTEMA de DIVISÃO das CASAS se podem organizar em três grandes grupos:

  • sistemas eclípticos -cúspides determinadas pela divisão da eclíptica: Casas Iguais, Porfírio, Graduação natural, Método M;
  • sistemas espaciais: Campanus, Regiomontanus, Ponto Leste, Morinus;
  • sistemas temporais: : Alcabitus, Placidus, Koch, Topocêntrico.


1. Contextualização Prática

Seria interessante incluir exemplos práticos para cada sistema de casas, explicando como cada um deles influencia a interpretação astrológica. Por exemplo:

  • O sistema de Placidus é amplamente utilizado porque leva em conta a rotação da Terra e a duração real do tempo que cada grau da eclíptica leva para cruzar um determinado meridiano. Isso torna as casas desiguais, o que pode enfatizar certas áreas do mapa.
  • O sistema de Casas Iguais, por outro lado, divide a eclíptica em doze partes de 30°, independentemente da localização do nascimento, o que pode simplificar a leitura.

Isso ajudaria o leitor a entender como cada sistema afeta a interpretação astrológica, indo além da teoria matemática.

2. Explicação sobre os Quadrantes e os Ângulos

Os quatro ângulos principais (Ascendente, Descendente, Meio do Céu e Fundo do Céu) já foram explicados, mas valeria reforçar sua função interpretativa no mapa natal:

  • Ascendente: Representa a identidade e a forma como a pessoa inicia as coisas na vida.
  • Descendente: Relacionado ao outro, parcerias e como nos vinculamos.
  • Meio do Céu (MC): Representa a carreira, projeção pública e realização social.
  • Fundo do Céu (IC): Relacionado às raízes, família e vida privada.

Isso conecta melhor a explicação astronômica com a prática da interpretação astrológica.

3. As Casas e Seu Significado

Cada casa representa uma área específica da vida. Uma breve tabela de correspondência pode ajudar:

CasaÁrea da Vida
1ª CasaIdentidade, aparência, inícios
2ª CasaRecursos, finanças, valores
3ª CasaComunicação, aprendizado, irmãos
4ª CasaFamília, lar, passado emocional
5ª CasaCriatividade, filhos, romance
6ª CasaSaúde, trabalho, rotina
7ª CasaRelacionamentos, parcerias
8ª CasaTransformação, heranças, sexualidade
9ª CasaExpansão, filosofia, viagens
10ª CasaCarreira, status, realização pública
11ª CasaAmizades, grupos, ideais coletivos
12ª CasaEspiritualidade, inconsciente, isolamento

Isso ajudaria a conectar o conceito de divisão das casas à prática interpretativa.

4. Mapas de Exemplo e Diferentes Sistemas de Casas

Poderíamos criar exemplos de mapas calculados por diferentes sistemas para mostrar as diferenças. Uma pessoa pode ter Marte na 10ª casa no sistema de Placidus, mas na 11ª casa no sistema de Casas Iguais. Isso muda o significado da posição planetária.

Se desejar, podemos desenvolver um gráfico ou exemplos de mapas com diferentes divisões de casas para ilustrar melhor esses conceitos.😊

Casa-signo

O Sistema de Casas mais simples que podemos imaginar é  tomar o “signo ascendente” como referência e foco e fazê-lo corresponder à primeira casa, o signo seguinte à segunda e assim sucessivamente para as demais casas. Para pessoas que nascem em dias próximos aos equinócios e latitudes próximas ao equador esta correspondência entre signo e casa a partir do signo ascendente acontece e desde um ponto de vista do movimento signo-casa centrado na força do ascendente com certeza pode gerar toques a serem considerados.

Sistemas eclípticos

Modelos que tomam a eclíptica com linha de referência para o posicionamento dos signos, dos planetas e das casas.

A intercepção da eclíptica com o plano do Horizonte determina o Ascendente (cúspide da casa 1, e o Descendente (cúspide da casa 7), distam 180º devido a que tanto a eclíptica como o círculo do horizonte são círculos máximos (na esfera celeste).

O círculo do Meridiano do local que passa pelo PNC – PSC (eixo do mundo) e pelo Zênite do lugar, atravessa ao plano do horizonte definindo o eixo Leste-Oeste do horizonte. Por outro lado ele corta a Eclíptica em dois pontos: o MC (cúspide da casa 10) e o IC (cúspide da casa 4). E assim a Cruz Axial formada pelo horizonte e o Meridiano do lugar divide a eclíptica em quatro quadrantes, cada um podendo ser divido em 3 seguindo diferentes critérios. As doze partes obtidas são as casas astrológicas.

O grupo de sistemas de casa eclípticas usa o plano da eclíptica como projeção final do desenho do céu de nascimento em duas dimensões.

Preste atenção a que os métodos a seguir usados tem em conta para calcular as cúspides das casas interiores o movimento diário da esfera celeste, exceção do Sistema de casas iguais que também no define a cúspide da casa 10 pelo meridiano local.

Observe que os pontos da eclíptica terão arco diurno e noturno diferentes, exceto os dois pontos de intercepção, quando ambos são de 180º. Isto é devido ao ângulo de inclinação da eclíptica (23º27′) com o equador celeste.

Sistema de casas iguais

Sistema Casas IguaisÉ o mais simples e o mais usado especialmente em altas latitudes. É atribuído a Ptolomeu.

A partir do Ascendente (intercepção entre a eclíptica e o horizonte local) a eclíptica é divida em 12 partes iguais de 30º em direção anti-horária. Cada uma destas sessões constitui uma casa.

Plano de referência: a eclíptica

Ponto de origem: Ascendente

Critério: Dividir a eclíptica em 12 partes iguais.

Similitude com os outros Sistemas: o Ascendente.

Vantagem:

  • mapas para altas latitudes

Variantes:

  • Usar o cálculo do Meio e Fundo do Céu de outros Sistemas. Definidos os quadrantes dividir cada um em três partes iguais.
  • Método Zariel: Em vez do Ascendente como ponto de partida  para dividir a eclíptica em doze partes iguais, usar o Meio do Céu.

Este método privilegia o Ascendente (ou o Meio do Céu) e se pode falar que oferece uma visão do céu do acontecimento em função das diretrizes da voz interior.

O sistema de Porfírio

Este Sistema tenta resgatar a importância de considerar o verdadeiro Meio do Céu local, obtido como a intercepção do Meridiano local (passa pelo PNC e o Nadir – determina as direções cardinais no horizonte local) e a eclíptica.

Determinado o Ascendente e o Meio do Céu estão determinados os quadrantes. Aí se divide cada quadrante em três casas iguais, obtendo-se as 12 casas.

Plano de referência: a eclíptica

Ponto de origem: Ascendente e o Meio do Céu local (intercepção da eclíptica com o Meridiano local)

Critério: Dividir os quadrantes eclípticos em partes iguais

Similitude com os outros Sistemas: casas iguais

Sistemas espaciais

Os sistemas espaciais tomam por referência outros círculos: o equador celeste, o horizonte local e o círculo a primeira vertical.

O círculo escolhido é dividido em doze partes iguais e suas cúspides são projetadas sobre a eclíptica, onde as casas vão ganhar tamanho desigual, devido a inclinação de 23 graus da eclíptica em relação ao equador celeste.

Plano de referência: equador celeste, horizonte local, círculo primeira vertical ( perpendicular ao Meridiano local)

Ponto de origem: cúspides no plano de referência

Critério: Dividir em 12 partes o círculo de referência adotado e projetar as cúspides na eclíptica.

Sistemas espaciais mais conhecidos: Campanus, Regiomontanus, Ponto Leste (East Point), Morinus.

O sistema de Campanus

Campanus foi capelão e médico dos papas Urbano IV e Bonifácio VIII.campanus2

O sistema Campanus toma como referência o círculo: Primeira Vertical, que é o círculo máximo perpendicular ao Meridiano local. Este círculo passa pelo Leste local, corta a eclíptica e passa pelo zênite e o nadir* a linha vertical do lugar).

Este sistema descreve o céu então em função da energia do horizonte local, desta forma pode se ver como mais centrado na pessoa.

O círculo Primeira vertical é fácil visualizar porque ele nasce no leste local e passa pelo ponto mais alto local captando assim a energia direta do acontecimento. Este círculo é que é dividido em 12 partes iguais de 30 graus, e suas cúspides são projetadas na eclíptica através de círculos máximos pelo ponto sul e norte do horizonte local (veja figura).

Plano de referência: a primeira vertical

Ponto de origem: Leste local (intercepção do Horizonte local e a primeira vertical)

Critério: Dividir a primeira vertical em 12 partes iguais (casas) e projetar no Equador celeste as cúspides, os signos e os planetas através de círculos máximos que passem pelo ponto a ser projetado e pelo PNC e PSC (veja na figura)

Outros astrólogos que gostam usar: Dane Rudhyar

Sistema Campanus

Observe na figura:

  • O círculo primeira vertical (passa pelo Leste local, pelo Zênite, pelo Oeste e pelo Nadir), é dividido em segmentos de trinta graus. O Nadir é considerado como a cúspide da casa 10. O Leste como cúspide da casa 1.
  • o Ascendente (intercepção da eclíptica com o horizonte não coincide com o ponto Leste.
  • A projeção das cúspides das casas iguais na primeira vertical na Eclíptica ficaram casas de tamanho diferente. A casa 12 ficou maior de 30 graus, a casa 11 menor de 30 graus e a casa 10 ainda menor que a 11.

As cúspides das casas 9 e 8 se determinam de igual modo. E o resto das casas serão as opostas. E assim a cúspide da casa 2, 3, 5 e 6 terão o mesmo grau mas signos opostos as casas 8,9,11 e 12 respectivamente.

O sistema Regiomontanus

Sistema Regimontanus

Johannes Muller (1436-1476), conhecido também como Regiomontanus.

Plano de referência: equador celeste. O equador celeste se divide em doze partes a partir do Primeiro círculo vertical e o Merididano do lugar.

Ponto de origem: Ascendente (intercepção do Horizonte com a Eclíptica)

Critério: Dividir o equador celeste em 12 partes iguais e depois projetar na eclíptica.

Similitude com os outros Sistemas: o Ascendente.

Vantagem:

  •  em altas latitudes produz menos deformação nas casas que o método de Campanus.

O ponto de interseção do equador celeste com o meridiano local determina o Meio-Céu, ou cúspide da casa 10. A partir daí, o equador celeste é dividido em arcos de 30 graus, cada um correspondendo a uma casa equatorial. O Ascendente corresponde à interseção da eclíptica com o horizonte. Observe também que o Ascendente está a leste, mas não de forma exata, pois o ponto leste é o cruzamento do equador celeste com o plano do horizonte, mas ainda assim sua projeção na eclíptica coincide com o Ascendente.

Neste sistema optamos pela perspectiva do centro da Terra ao tomar o plano de referência o Equador celeste. O plano do Horizonte, o local do observador é refletido na determinação do Ascendente (intercepção da eclíptica com o Horizonte) e as cúspides das casas a partir dos círculos máximos definidos pelos polos N-S local.

Sistemas temporais

Os sistemas temporais de casas se apoia na ideia de fazer a analogia do tempo que dura a vida toda de uma pessoa e a duração de um dia. E assim eles vão determinando a longitude das casas segundo o desplazamento do ascendente durante o primeiro dia de vida. Como se a medida que vão passando as horas o Ascendente for marcando os diferentes setores em que pode ser divido o céu de nascimento. Para estes cálculos alguns métodos usam também o Meio do céu e o Sol.

Os sistemas temporais que escolhemos para estudar são: Alcabitus, Placidus, Koch, Topocêntrico.

Se o Ascendente estiver a 0º de Áries o seu plano paralelo vai coincidir com o equador celeste e assim ascenderá no oriente às 6h, alcançará a Culminação superior ao meio dia, estará no descendente às 18h e a meia noite estará no fundo do céu, para ascender novamente às 6 horas. Assim o tempo que levará para percorrer cada semi-arco será de 6 horas, e dividindo ele por 3 dará para cada casa a duração igual de duas horas.

Se o Ascendnte estiver em outro grau qualquer os semi-arcos já não vão ser mais iguais devido a inclinação da eclíptica. Então para estes casos se usam os seguintes critérios:

As duas horas depois do Ascendente ascender determinam o cumprimento da casa 12, as próximas duas horas o cumprimento da casa 11, e as outras duas da casa 10. e assim sucessivamente.

Outra opção é calcular o tempo em que o Ascendente percorre cada Semi-arco (quadrante) e o dividir em três.

Sistema de Alcabitus

sistema de Alcabitus (mestre do rei de Castela no século XIII, Afonso X) . O sistema de Alcabitus usa o tempo do movimento do Ascendente. O semiarco diurno e o semiarco noturno do Ascendente são divididos em três partes iguais. As casas são formadas pelos círculos de declinação que passam por esses pontos de divisão.

A cúspide da casa 1, o ascendente, é o ponto eclíptico situado no horizonte leste.  A cúspide da casa 2 é 1/3 do SNA abaixo do Ascendente. A cúspide da casa 3 vai do fim da cúspide da casa 2 até a culminação inferior.  A cúspide da casa 9 é 1/3 do SDA acima do Ascendente. A cúspide da casa 8 vai do fim da cúspide da casa 9 até a culminação superior.

Sistema de Placidus 

Assim como hoje na atualidade podem privilegiar um Sistema ou outro, na antiguidade o que facilitou a divulgação do sistema Placidus foi a edição do livro de Tabuas das casas que permitia o cálculo das cúspides com mais facilidade que outras sistemas. Este sistema é um dos mais usados inclusive na atualidade.

Placido Titi (1603-1668). Obra mais importante foi Tabulae Primi Mobilis.

O sistema Placidus tentou ser um aperfeiçoamento do anterior, de Alcabitus: toma-se o tempo gasto por um grau qualquer da eclíptica para elevar-se do Ascendente até o Meio-Céu (arco semidiurno). Divide-se este tempo por três e encontram-se as cúspides das casas 11 e 12. Faz-se o mesmo com o tempo gasto por um grau eclíptico qualquer para elevar-se do Fundo do Céu ao Ascendente (arco seminoturno) e encontram-se as cúspides das casas 2 e 3.

“O principal problema com este sistema deriva do fato de que em latitudes superiores a 66 graus e meio (ou seja, a latitude dos círculos polares), muitos graus jamais chegam a tocar o horizonte. Em outras palavras, nestas altas latitudes, certos graus da eclíptica jamais podem chegar a ser o Ascendente. A base do sistema é o tempo que leva um grau para chegar do Ascendente até o Meio-Céu. Se um grau nunca ascende, não se pode determinar nenhum intervalo de tempo e, por conseguinte, este grau não pode formar a cúspide de nenhuma casa. Outra contradição metodológica é o fato de dividir em partes iguais setores que são, por natureza, desiguais.”

Sistema de Koch ou do lugar de nascimento

“As primeiras tábuas de casas para este método foram publicadas em 1971. Seu autor, o Doutor Walter Koch, declarou que finalmente havia encontrado uma solução para o problema da divisão de casas. O sistema se baseia em uma dinâmica temporal que avalia a posição de todos os pontos da eclíptica em relação ao Ascendente no lugar de nascimento. O método utiliza uma complexa trigonometria, que recorre ao arco de ascensão oblíqua (pequeno círculo que assinala o caminho de um planeta durante suas 24 horas de movimento).

Testado em comparação com outros métodos de divisão de casas, descobriu-se que era o que garantia com mais constância uma correlação precisa entre traços faciais e cúspides de casas. Munkasey crê que o sistema é excepcionalmente bom para determinar “onde alguém está e para onde vai, e quais suas opções atuais”. Em outras palavras: o sistema parece funcionar bem com previsões, especialmente as progressões secundárias.”

Sistema Topocêntrico

Trata-se de um refinamento recente do método de Placidus. Em latitudes inferiores a 50 graus, as cúspides das casas são quase as mesmas, apresentando uma diferença máxima de um grau. Os cálculos trigonométricos são extremamente complexos.

O que torna este sistema interessante é o fato de ser o único que não foi desenvolvido a partir de uma teoria, mas sim do estudo empírico da natureza e da ordenação natural de acontecimentos. Tomando por base a Argentina, Wendel Polich e  A. P. Nelson Page estudaram o que acontecia na vida de uma pessoa cuja hora de nascimento se conhecia com exatidão. As cúspides das casas foram determinadas mediante gráficos das direções primárias que se relacionavam com estes acontecimentos. Os criadores do sistema descobriram que as cúspides destas casas dispunham-se num plano que passava pela localidade do nascimento, e não em um círculo máximo.

O sistema topocêntrico foi verificado posteriormente por Geoffrey Cornelius e Chester Kemp na Inglaterra. O astrólogo argentino Alexandre Marr testou-o por quinze anos, confirmando sua precisão quando do uso de direções primárias. Outra vantagem é que não apresenta problemas nas regiões polares. Os maiores defensores do sistema Topocêntrico são astrólogos de língua espanhola, especialmente argentinos.”

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Hector Othon

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