A casa 8
A oitava casa é o território dos assuntos viscerais da vida. É o espaço onde mergulhamos no sexo, nas emoções profundas, no oculto, na loucura e na morte, confrontando aquilo que, muitas vezes, preferiríamos não enxergar. Ela governa as crises e transformações radicais, as perdas e renascimentos interiores, as mudanças que nos forçam a desapegar e a transmutar. Nesta casa se revelam os recursos compartilhados: o dinheiro e os bens do parceiro, de sócios ou financiadores; pensões, débitos, heranças e presentes que atravessam nossas relações. É a casa do poder que se entrelaça ao vínculo, onde aprendemos a lidar com o que não nos pertence, mas que influencia profundamente nossa existência.
A Casa 8 também rege os mistérios, a magia nos relacionamentos, a escuta compassiva, a entrega sem limites, o gozo, o êxtase e a iluminação. É a ponte entre o que está visível e o inconsciente, entre o corpo e a alma, entre o mundano e o sagrado. Fisicamente, relaciona-se com o sistema urinário e reprodutor, refletindo a intimidade da vida e da criação. Correspondente a Escorpião, ela já foi chamada de “casa da morte” ou “casa do Diabo”, porque abriga os finais, as perdas e forças ocultas que parecem escapar ao controle. Contudo, sua verdadeira essência vai muito além do medo ou da destruição: a oitava casa é o portal da regeneração, da alquimia da alma e da transformação radical. Aqui, aquilo que parecia infernal ou fatal se revela como oportunidade de renascimento. É o espaço onde confrontamos nossas sombras, transmutamos dores em sabedoria e descobrimos a profundidade da vida compartilhada.
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